quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Holocausto Palestino continua. O mundo inteiro cala-se de novo !!

Para usar o termo Holocausto Palestino eu cito Matan Vilnai, ministro israelense que fez as ameaças ao povo palestino em Fevereiro de 2008. O problema maior é que a história não tem sido apenas de ameaças: desde 1948 os fatos mostram uma efetiva escravização do povo palestino. No ano passado, até o Bush afirmou que os palestinos têm direito a compensações pela expulsão de suas terras.
Os ataques têm sido contínuos, com grandes vagas que se tornam cada vez mais fortes sempre que há eleições e os conservadores tentam manter o poder em Israel.
Nem bem completamos meio século do Holocausto Judeu. Mas eis-nos de novo convivendo com um ataque à humanidade que nos faz duvidar dessa pretensa humanidade. Por ironia do destino, a história quis que o povo israelense simplesmente trocasse de lado: de oprimido a opressor em tão pouco tempo.
Israel desobedece a todas as resoluções da ONU. Mas o mundo inteiro se cala. Ninguém fala nada, ninguém censura, ninguém critica. Todos somos cúmplices. Talvez um dia choremos os mortos e nossos filhos e netos chorem na saída das salas dos cinemas imaginando como é que o mundo foi capaz de permitir tamanho horror.
Faço um apelo a todos os israelenses e judeus não belicosos, para que influenciem de alguma forma o governo de seu país a parar com os crimes contra um povo expulso de suas terras, sem exército e sem ter como se defender. A paz só está nas mãos dos governantes de Israel - não se pode justificar a opressão a escravos com o argumento que eles estão sempre tentando escapar. É ridículo demais, fere o bom-senso, para dizer o mínimo. Seria aceitável culpar os judeus por seu Holocausto apenas porque eles não faziam os que os nazistas queriam?
Faço um apelo a todas as pessoas religiosas, que afirmam pautar suas vidas pela busca da compreensão, do perdão e do amor ao próximo. Não se calem de novo, como aconteceu durante o nazismo. Aos cristãos, e falo a eles porque eles são maioria entre os leitores de língua portuguesa, lembro que, ao se deparar com os mercadores do templo, Jesus não se limitou a rezar e pedir a Deus para que Ele perdoasse os invasores. Não, ele agiu. Por favor, não defendo mais guerra contra a guerra - defendo um coro mundial gritando numa só voz: "Parem com esse crime."
E faço um apelo a todos os não-israelenses e não-religiosos: pensem no mundo que queremos e vejam se atos desse tipo cabem em nossas utopias mais íntimas. Acabar com os erros desse mundinho real em que vivemos é um bom caminho rumo a um novo mundo ainda apenas sonhado.

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